domingo, 26 de abril de 2009
Pela Cor
sábado, 25 de abril de 2009
2009 Ano Internacional das Fibras Naturais
A Assembleia-Geral das Nações Unidas, declarou, 2009 Ano Internacional das Fibras Naturais com o intuito de “Sensibilizar e estimular a procura de fibras naturais; Encorajar respostas políticas adequadas por parte dos governos para os problemas enfrentados pelas indústrias de fibras naturais; Promover uma efectiva e duradoura parceria internacional entre as diversas indústrias de fibras naturais; Promover a eficiência e sustentabilidade das indústrias de fibras naturais”
O movimento A Terra Mexe, associou-se a esta iniciativa promovendo uma instalação intitulada “Lã”.
“Lã” é uma evocação a esta fibra natural, à importância social e económica que desempenhou no passado da região, mas também, chamando a atenção à sua manutenção como agente de uma economia e ambiente sustentáveis.
A Ovelha Campaniça
Foram as fibras naturais que primeiro nos vestiram. Resgatadas a plantas e animais, as fibras naturais, foram durante séculos a matéria-prima que alimentou teares, estabeleceu usos, costumes e ditou modas.
No Campo Branco, a ovelha Campaniça contribuiu com a lã que se constituiu como o mais importante símbolo desse legado de fibras na região. Lembremo-nos que as velhas mantas e colchões, confeccionados com esta lã, que aqueciam nas noites de antanho.
A ovelha Campaniça é uma raça autóctone que preserva a rusticidade da sua génese, e que se adapta aos rigores do clima e se alimenta nos pastos dos solos pobres da região.
Nos concelhos de Castro Verde, Mértola, Almodôvar, Ourique mas também na Serra Algarvia ainda encontramos quem continue a apostar na preservação da Campaniça, mantendo a tradição deste ícone da nossa paisagem.
Lã
sexta-feira, 24 de abril de 2009
E foi no local escolhido para pôr o AVELINO, que o próprio foi batizado. Este senhor, juntou-se aos demais a partilhar recordações com mais de 20 anos, recordações que apesar de separados pelas gerações e da distância geográfica a que nos encontravamos (*), partilhamos. Ainda por cima uma lembrança que me é tão querida, os Avelinos. Familia de tapezistas e corajosos homens e mulheres do arame, sem rede, itenerantes, que apresentavam umas arrojadas e arrepiantes idas e vindas num cabo a uma distância absurda do solo de terra batida, expostos a todas as as condições climáticas, longe do conforto das salas de espetáculo ou das divertidas e acolhedoras tendas de circo, a troco daquilo que a assistência podia ou achava que mereciam receber, e este pagamento, tanto quanto me lembro, cabía todo num pequeno chapéu que circulava entre as gentes de pescoço dolorido de observar a geitosa Paulina, os grandes, talentosos e mais uma vez, corajosos, AVELINOS.
Pois que assim seja, que este trabalho que aqui apresento fique em jeito de homenagem, a um elo que sem que soubesse me ligou à terra que escolhi como minha. A terra que não me viu começar a "mexer", mas que sem dúvida me garantiu a liberdade para o fazer. E a terra mexe...
*(nasci e vivi em Setúbal até aos 18, altura em que tive a muito feliz ideia de me mudar para cá.)
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Manifesto
Mas se, se cruzar com uma instalação artística cuja fragilidade a faria estar dentro de portas, então a TERRA MEXE!
Este é um projecto de Artistas, Artesãos e Afins de Castro Verde. Um movimento de criações e criadores que rompem com a pacatez desta Vila de casario branco, mexendo com as gentes, gerando interrogações, transformando-se em tema de conversas de esquina, a Terra Mexe.